No financiamento da casa própria, entrada menor e juros elevam conta final
Consórcios: Mutuários optam por imóveis mais caros e com menor entrada, tendo dívidas a longo prazo.
Publicado em: 25/02/2010
Os mutuários da casa própria vêm optando por imóveis cada vez mais caros, mas em contrapartida, têm destinado um valor menor para a entrada do financiamento. Como consequência, a dívida que terão de pagar ao longo dos anos, acrescida de juros, também está crescendo. Se em 2006 ela era de R$ 70,6 mil, em 2009 o valor médio do financiamento atingiu a marca de R$ 123 mil, uma alta de 74,22% (veja ao lado).
As informações constam do balanço do mercado imobiliário referente a 2009, divulgado ontem pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). O levantamento revela que o setor enfrenta uma fase extremamente positiva e que os mutuários estão otimistas com o futuro da economia - mas, por isso mesmo, precisam refletir para não se endividarem por um tempo tão longo, evitando o pagamento de mais juros.
É fato que o cenário atual favorece a compra de imóveis a longo prazo. A maior parte dos bancos já oferece até 30 anos para o pagamento da casa própria. Além disso, em março do ano passado, o Conselho Monetário Nacional modificou as regras do crédito imobiliário, permitindo que o mutuário dê só 10% de entrada (em vez dos 30% exigidos anteriormente) e financie um imóvel mais caro, de até R$ 500 mil (o limite anterior para recursos da poupança era de R$ 350 mil).
"Com regras mais claras, prazos maiores e juros menores, o cliente sente mais segurança em contratar o financiamento", constata Luiz França, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança (Abecip). "E todo ser humano quer melhorar de vida. Por isso, é natural que as pessoas procurem imóveis melhores se a prestação cabe no bolso delas", analisa.
Segundo França, com as mudanças recentes nas regras do mercado, o consumidor também alterou seu comportamento. "Se antes ele adiava a compra até poupar uma boa quantia, para daí financiar uma parte menor, agora ele prefere comprar antes e pagar em mais tempo, pois tem segurança para fazer isso", atesta o presidente da Abecip.
É aí que mora o perigo. "Quem faz um financiamento com valor muito alto por um longo prazo está apostando que não vai ter qualquer complicação financeira nos próximos 20 ou 30 anos. E essa é uma aposta arriscada", alerta Rafael Paschoarelli, professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA). "O ideal é dar um passo de cada vez, primeiro comprar um imóvel mais modesto para depois ter um maior. É melhor ir com calma para alcançar seu objetivo", diz. Há também a opção por um Consórcio de Imóveis, investimento sem juros.
O balanço do Secovi-SP mostra que, em 2009, foram vendidas 35.832 unidades na capital de São Paulo, 9,1% a mais que em 2008. E neste ano a previsão é que haja um crescimento de 5% nas vendas de 10% nos lançamentos.
O crédito também deve continuar batendo recordes. O volume emprestado aos mutuários deve crescer 39% e chegar à marca de R$ 69 bilhões em 2010. Para ajudar a manter a boa fase, o Secovi-SP também reivindica que o governo transforme o programa "Minha Casa, Minha Vida" em política pública.
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